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O Combate Final - O Sistema Capaz de Salvar a Humanidade

M_Zana
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Synopsis
Em um mundo onde a sobrevivência significa sacrifício e a liberdade tem um custo, um homem descobrirá o poder de desafiar tudo o que conhece. A Terra não lhe pertence mais. Décadas atrás, a humanidade fez um acordo desesperado com uma raça alienígena — recursos e sangue em troca de uma existência frágil. Os Sentinelas, máquinas de controle, patrulham as ruínas, promovendo o entretenimento distorcido dos alienígenas nas Arenas, onde os humanos lutam para sobreviver. Leo Massey é apenas mais um sobrevivente, agarrado à esperança à sombra da opressão. Mas quando uma missão ousada dá errado, ele tropeça em uma misteriosa arma alienígena — um dispositivo que se conecta a ele de maneiras que ele não entende. Ele cura, destrói e começa a transformá-lo. Agora, com o destino de seu acampamento por um fio, Leo precisa escolher: usará esse poder para proteger aqueles que ama ou ele o consumirá, transformando-o em algo mais perigoso do que os próprios Sentinelas? A luta pela liberdade começou, mas o custo pode ser maior do que Leo está disposto a pagar. Deixe-se cativar por esta história emocionante de sobrevivência, rebelião e um poder que pode salvar a humanidade — ou condená-la para sempre. Entre na luta. Abrace a mudança. Desafie o futuro.
Table of contents
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Chapter 1 - Capítulo 01

"Você percebe que isso é suicídio, né?" Max murmurou, o olhar saltando entre Nia e Leo. "Eles vão nos matar antes mesmo de chegarmos perto." 

Leo não respondeu de imediato. Seus olhos permaneceram no mapa, mas sua mente vagou. Memórias da infância surgiram—o riso do pai à mesa de jantar, as mãos quentes da mãe colocando um prato à sua frente. Eles haviam perdido tudo. Lar, família, esperança. Mas isso… isso podia ser sua chance de recuperar algo. 

"Há muito tempo a gente só se esconde e sobrevive," Leo disse baixinho, a voz firme mas cortante. Ele ergueu o olhar, encarando Max. "Não aguento mais." 

Max gemeu, arrastando a mão pelo rosto. "A Lexi não vai nos perdoar se isso der errado." 

"Então não vai dar errado," Leo retrucou, a mandíbula tensionada. "A gente faz isso com inteligência, rapidez e silêncio." 

Nia sorriu, sua covinha aparecendo. "Agora sim, esse é o espírito." Ela bateu no mapa com um dedo. "Tenho um plano." 

Eles discutiram o plano até tarde da noite, analisando cada rota possível, cada ameaça em potencial. Nia detalhou tudo com uma confiança ardente que mal disfarçava o próprio nervosismo. Max resmungou e questionou cada ponto, o tom cheio de dúvida, mas não deu para trás. 

Quando voltaram para o quarto pequeno que dividia com Max, a cabeça de Leo zumbia com o peso do que estavam prestes a fazer. 

Max se jogou no beliche com um suspiro pesado. O rangido da estrutura de metal desgastada pareceu mais alto no silêncio do quarto. "Então, vai me contar?" 

Leo tirou as botas, olhando para ele. "Te contar o quê?" 

"Não se faz de bobo," Max se sentou, os olhos estreitando. "Isso não é sobre o carregamento, é? É sobre a garota." 

Leo congelou por um instante antes de se sentar na beirada do beliche. "Não sei do que você está falando." 

"Merda!" Max se inclinou para frente, apontando um dedo para ele. "Eu te conheço, Leo. Você tá inquieto desde que voltamos. Acha que essa é sua chance de consertar algo, de ser o herói." 

"Ela é só uma criança, Max," Leo disse, a voz baixa. "Ninguém mais liga se ela vive ou morre." 

"E a gente?" Max esbravejou. "A gente não conta? Não quero ver você morrer porque tá perseguindo fantasmas, cara." 

Leo não respondeu, encarando o chão. Max suspirou e recostou-se, passando uma mão pelo cabelo. 

*DOIS DIAS DEPOIS* 

Os dias seguintes passaram em um silêncio tenso. Lexi designou a eles uma missão de rotina por suprimentos, uma que já haviam feito dezenas de vezes. Eles deveriam vasculhar um assentamento abandonado e trazer de volta qualquer coisa útil—comida, ferramentas ou peças que pudessem aproveitar. 

Leo e Nia trocaram um olhar de cumplicidade quando ela entregou as ordens. Nenhum dos dois mencionou o carregamento, mas o acordo não dito pairava entre eles. Essa era a grande chance deles. 

O assentamento estava assustadoramente quieto, os prédios em ruínas parecendo esqueletos no crepúsculo. Eles coletaram o que puderam—ferramentas meio enferrujadas, alguns enlatados e um pequeno estoque de pilhas. 

Max fez uma careta ao ajustar o peso da mochila, o manquejar mais evidente a cada passo. "Já temos o suficiente," ele falou entre dentes, jogando a mochila sobre o ombro bom. "Vamos voltar antes que minha perna ceda." 

Nia sorriu, a expressão não revelando nada do cansaço que todos sentiam. "Ainda não." 

Max gemeu, parando para se apoiar em uma parede semi-desmoronada. "Eu sabia. Eu tinha certeza!" 

Leo se aproximou, olhando para a perna de Max. "Tá bem para continuar?" 

"Vou sobreviver," Max resmungou, embora o rosto dissesse o contrário. 

"O carregamento deve estar por perto," Leo insistiu, o tom resoluto. 

"Você vai nos matar," Max murmurou, transferindo o peso para testar a perna. "Mas se eu ficar aqui sozinho, também tô morto. Então lidera o caminho." 

Ele não discutiu mais, embora cada passo fosse mais lento e pesado enquanto ajustavam a rota. 

Não foi difícil encontrar. O comboio se destacava na desolação—dois veículos blindados estacionados perto de uma pilha de caixas de suprimentos. Sentinelas patrulhavam a área, os movimentos precisos e mecânicos. 

"Eles estão guardando algo grande," Nia sussurrou, os olhos brilhando de empolgação. 

"É, e eu gostaria de ficar vivo pra descobrir o quê," Max rosnou. 

Leo escaneou a cena, o olhar pousando em uma caixa peculiar carregada por dois Sentinelas. Era lisa e metálica, com luzes azuis pulsando levemente na superfície. 

"É isso," Leo disse, a voz quase inaudível. 

Eles esperaram, a respiração contida, até que uma brecha surgisse—um dos Sentinelas se afastou do grupo, seu passo mecânico ecoando distante. Era a chance.

Nia avançou como uma sombra, cada músculo do corpo tenso, os sentidos aguçados. O vento soprava a favor, abafando o leve ruído de suas botas no chão. O coração batia forte no peito, mas suas mãos não tremiam. Perto. Mais perto.

O Sentinela parou, como se sentisse a presença dela. O instinto gritou: Agora!

Ela agiu antes que a máquina pudesse se virar. Com um salto felino, Nia se jogou contra as costas do Sentinela, o braço esquerdo travando seu pescoço metálico em um golpe rápido. O dispositivo dele emitiu um ruído de alerta—um bip agudo que quase a fez recuar. Quase.

A mão direita de Nia já estava em movimento, puxando o taser do cinto num movimento fluido. O Sentinela se debateu, os membros robóticos girando com força bruta, quase arremessando-a contra uma parede. Ela apertou os dentes, os músculos queimando de esforço, mas não soltou. Não pode gritar. Não pode dar tempo.

O taser cravou-se na junta exposta do pescoço da criatura. Um clique, depois—ZZZT!—o choque azulado percorreu o sistema do Sentinela, faíscas saltando da armadura. O corpo metálico convulsionou, os olhos luminosos piscando em curto-circuito antes de escurecer.

Nia não esperou. Com um esforço surdo, ela baixou o cadáver robótico no chão, controlando cada centímetro da queda para evitar o menor ruído. A poeira levantou-se em um leve redemoinho, depois assentou. Silêncio.

Por um instante, tudo parou—até que Leo sussurrou, tenso: "Vamos."

Eles avançaram.

A caixa era mais pesada do que parecia. Max gemeu enquanto ele e Leo a levantavam para as sombras. "É melhor que isso valha a pena." 

Quando se viraram para sair, o zumbido fraco de máquinas os congelou no lugar. "Mexam-se!" Nia sibilou. 

Os Sentinelas os tinham visto. Alarmes soaram, e o grupo partiu em uma corrida desesperada, a caixa os atrasando com seu peso. 

Os pulmões de Leo queimavam enquanto corriam, o som dos Sentinelas se aproximando como batidas incessantes de um tambor. "Não dá pra fugir deles!" Max gritou, tropeçando quando a perna ferrada cedeu. 

Leo parou bruscamente, praguejando baixinho enquanto segurava o braço de Max para firmá-lo. "Continua andando!" 

"Tô tentando!" Max sibilou, o rosto pálido de dor. "Mas a menos que você tenha asas escondidas, a gente já era!" 

O olhar de Leo caiu sobre a caixa em suas mãos. A desesperança o consumiu. Ele a bateu no chão e a forçou aberta com as mãos trêmulas. 

Dentro havia um dispositivo estranho—parecido com uma arma, porém liso e alienígena, vibrando levemente com uma energia que fez os pelos de seus braços se arrepiarem. 

"Que diabos é isso?" Max arfou, se apoiando pesadamente em uma árvore, o pânico se misturando ao cansaço. 

"Não faço ideia," Leo murmurou, o coração acelerado enquanto segurava o dispositivo. 

Assim que seus dedos se fecharam em torno do cabo, o dispositivo ganhou vida. Luzes se acenderam ao longo do corpo metálico, e algo afiado se enrolou em seu pulso, grudando como metal vivo. Uma dor aguda o percorreu, do pulso ao peito e à cabeça. Leo cambaleou, um grito escapando de seus lábios enquanto a sensação aumentava e então sumia, deixando-o sem fôlego. 

"Leo! Solta!" Nia gritou, o pânico claro na voz. 

Mas Leo não conseguia. Sua mão se recusava a abrir, como se o dispositivo tivesse se tornado parte dele. O metal vibrava com energia, seu brilho se intensificando, e antes que Leo pudesse compreender o que acontecia, o primeiro Sentinela apareceu na esquina. 

O instinto assumiu. Sem pensar, Leo ergueu o dispositivo. Ele nem mirou—a arma se moveu sozinha, rastreando o Sentinela com precisão assustadora. 

Um zumbido agudo encheu o ar, e então uma explosão brilhante de energia azul saiu do dispositivo. O disparo acertou o Sentinela em cheio no peito, arremessando-o contra uma parede com tanta força que a estrutura desmoronou ao redor. A máquina se contorceu violentamente antes de ficar imóvel, sua estrutura sem vida faiscando na luz fraca. 

O grupo congelou, atônito. A boca de Nia ficou aberta, sua resposta afiada usual desaparecida. Max se apoiou na árvore, a dor momentaneamente esquecida enquanto encarava Leo e a arma fundida à sua mão. 

"Que diabos acabou de acontecer?" Max conseguiu falar, a voz rouca. 

Leo não respondeu de imediato, o peito ofegante enquanto encarava o dispositivo que agora zumbia suavemente em sua mão. Ele sentiu novamente—aquele calor estranho e alienígena pulsando em suas veias, sincronizado com o brilho fraco da arma. 

"Não dá pra ficar aqui!" Nia soltou, tirando-o do transe. "Tem mais vindo. Vamos!" 

Leo enfiou os restos da caixa na mochila e a jogou nas costas. Ele agarrou Max, ajudando-o a mancar enquanto corriam para a vegetação densa. Não pararam até estarem a quilômetros dali, escondidos sob uma copa de árvores. 

Max desabou contra uma árvore, gemendo enquanto segurava a perna ferida. "A gente tá vivo… de alguma forma." 

Nia andou para frente e para trás, a respiração ofegante. "Que diabos era aquilo?" ela perguntou, os olhos arregalados de medo e admiração enquanto se fixavam na arma ainda grudada na mão de Leo. 

Leo não respondeu. Ele não sabia. Mas quando fechou o punho em torno do dispositivo estranho, seu brilho diminuiu levemente. A arma se soltou de seu pulso, mas um bracelete metálico estranho permaneceu. Leo sentiu uma certeza arrepiante: fosse o que fosse aquilo, não era apenas uma arma. Era algo muito mais perigoso—e agora, parecia fazer parte dele.