Aviso: Este é o ponto de ignição para duas histórias interconectadas. O destino selado aqui ecoará tanto em um futuro crossover com My Hero Academia quanto na jornada que se inicia agora.
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No vazio gélido entre as estrelas, onde a própria realidade tremulava em fragmentos instáveis, uma arena cósmica de matéria etérea e desconhecida servia de palco para um duelo de proporções cataclísmicas. Detritos colossais, ecos silenciosos de universos despedaçados – cada um pulsando com infinitas possibilidades, canônicas e alternativas – flutuavam ao redor, testemunhas inertes da batalha que se desenrolava no seu epicentro.
Ali, dois seres de poder incalculável se enfrentavam. Um deles irradiava uma aura de pureza celestial, sua forma anciã banhada em um branco opalescente. Sua capa e as faixas que adornavam sua cintura dançavam com as cores vibrantes de um arco-íris espectral, cada tonalidade pulsando com energia. Em suas mãos repousava um cajado ancestral, cujo cristal central cintilava com miríades de nuances iridescentes.
Seu oponente era a antítese, uma figura imponente envolta em uma armadura de um negrume abissal. Sua boca permanecia selada em uma linha fria, mas seus olhos, órbitas vermelhas como brasas infernais, transmitiam uma intensidade gélida e implacável. Uma marca enigmática, um selo de poder obscuro, adornava seu pescoço. Empunhava uma espada singular, a "Raio Negro", forjada não em metal, mas em pura energia das trevas. Raios negros crepitavam ao longo de sua lâmina, uma anomalia sinistra que distorcia o próprio tecido da energia cósmica.
Dizia-se que a "Raio Negro" não apenas desferia cortes físicos, mas também corrompia a essência do ser atingido, transformando-o em uma sombra espectral, despojada de sua vitalidade. Perdida no cosmos por eras, a arma sinistra havia encontrado um mestre na figura desse cavaleiro sombrio.
Por incontáveis éons, os dois guerreiros dançaram um balé cósmico de poder e estratégia, cada movimento previsto, cada tática conhecida em um ciclo eterno de confronto. Suas armas se chocaram em um trovão que ecoava pela vastidão, prendendo-os em um impasse de força bruta e conhecimento ancestral.
"Parece que alcançamos mais um patamar de equilíbrio precário, meu persistente mestre," a voz do cavaleiro ecoou, fria e desprovida de qualquer resquício de emoção por trás de sua máscara espectral. "Mas por quanto tempo essa balança instável permanecerá assim? Um único passo em falso e este confronto milenar terá um vencedor definitivo."
O ser de luz respondeu, sua voz carregada de uma resignação cansada, mas imbuída de uma determinação inabalável: "Suas palavras ecoam a verdade... mas por quanto tempo você persistirá nessa busca fútil? Ambos estamos perdendo forças gradualmente, consumidos por este embate eterno. Eventualmente, um de nós sucumbirá. Mas se o destino decretar minha queda, saiba que jamais permitirei que você profane o que veio buscar."
"Que teimosia exasperante," retrucou o cavaleiro, um tom de escárnio permeando sua voz. "Embora eu reconheça sua audácia em tentar me deter – um esforço que poderia prolongar nosso encontro até a entropia do universo – não me importo com o tempo. Eu o subjugarei sob qualquer circunstância, pois suas energias primordiais se esgotarão primeiro. A vitória... será inevitavelmente minha."
Com um aceno silencioso, eles romperam o contato, retomando sua dança mortal com uma intensidade renovada. Desta vez, o ser de luz recuou, sua mão alcançando a fivela de seu cinto. Ali, um dispositivo intrincado, assemelhando-se à cabeça fossilizada de um dragão ancestral, aguardava. Ele o ativou, e uma chave luminescente, com a forma de um cavaleiro estilizado imerso em um espectro de cores, materializou-se em sua mão. Inserindo a chave no morpher, ele proferiu palavras carregadas do poder primordial da criação: "É hora de Morfar! Conexão com a Morphin Grid! Fúria Cromática... Mighty Morphin Rainbow Ranger!"
Ao tocar o chão cósmico, uma onda de energia prismática emanou do ser, envolvendo seu corpo em um espectro de cores vibrantes que se solidificaram em uma armadura familiar, porém única. O design clássico da era Mighty Morphin Power Rangers surgiu, mas com nuances arco-íris em cada detalhe. Uma faixa verde-esmeralda adornava seu peito branco, complementada por braceletes e ombreiras douradas que brilhavam com iridescência. O espírito etéreo de um dragão colossal, imerso em tons de arco-íris, surgiu brevemente atrás dele antes de se fundir com a energia transformadora. Quando a poeira estelar assentou, um capacete com as feições imponentes de um dragão cromático adornava sua cabeça. Em suas mãos, materializou-se uma espada radiante, a Lâmina da Fúria Cromática, pulsando com energia vital. Com uma pose determinada, ele reafirmou sua identidade ancestral.
A batalha recomeçou com uma ferocidade inaudita. O Mighty Morphin Rainbow Ranger lutava com a fúria de eras, mas o poder implacável do cavaleiro sombrio parecia inabalável, sua escuridão resistindo ao espectro de luz.
"Suas reservas estão diminuindo, Ranger," zombou o cavaleiro, a malevolência gotejando em sua voz. "Mas não tema sua inevitável queda. Eu o corromperei, e você se ajoelhará perante mim de bom grado, esquecendo essa sua preciosa Morphin Grid."
"Posso tombar neste campo de batalha," replicou o Ranger, sua voz tensa pelo esforço colossal, "mas você jamais profanará a Grid. Nem hoje, nem em qualquer era futura. Se o destino selar minha derrota, saiba que as chaves para o Grid serão dispersas através do véu de dois mundos distintos. Você não nos encontrará tão cedo. Disso, eu tenho certeza absoluta! Cajado Mestre... Transmutar!"
Uma luz intensa e multifacetada emanou tanto do morpher quanto do cajado do Ranger. A energia prismática se intensificou, e a forma do Mighty Morphin Rainbow Ranger começou a mudar, as cores esmeralda e dourada se reconfigurando em um novo padrão vibrante.
"Zeo Rainbow Ranger!" exclamou, sua armadura agora ostentando as linhas geométricas e as cores dinâmicas da era Zeo, cada painel brilhando com uma tonalidade diferente do arco-íris. O espírito do Rainbow Dragon rugiu em uníssono com sua transformação.
A batalha prosseguiu, cada golpe carregado de poder cósmico. O cavaleiro sombrio resistia, mas a determinação do Mestre Morphin era inabalável.
"Sua resistência é admirável, mas inútil!" vociferou o cavaleiro. "A escuridão sempre engolirá a luz!"
"Você subestima a força da conexão," retrucou o Zeo Rainbow Ranger, sua voz ecoando com poder. "E a cada geração, ela se torna mais forte! Turbo Rainbow Ranger!"
Sua armadura se transformou mais uma vez, ganhando as linhas aerodinâmicas e as cores vibrantes da era Turbo, cada detalhe agora imbuído do espectro cromático.
A luta continuou através de incontáveis transformações, cada uma representando uma geração diferente de Power Rangers, cada armadura banhada nas cores do arco-íris, mas mantendo a essência do espírito do Rainbow Dragon. No Space Rainbow Ranger! Galaxy Rainbow Ranger! Lightspeed Rescue Rainbow Ranger! Time Force Rainbow Ranger! Wild Force Rainbow Ranger! Ninja Storm Rainbow Ranger! Dino Thunder Rainbow Ranger! S.P.D. Rainbow Ranger! Operation Overdrive Rainbow Ranger! Jungle Fury Rainbow Ranger! RPM Rainbow Ranger! Samurai Rainbow Ranger! Megaforce Rainbow Ranger! Super Megaforce Rainbow Ranger! Dino Charge Rainbow Ranger! Ninja Steel Rainbow Ranger! Beast Morphers Rainbow Ranger! Cada transformação era um testemunho do legado que ele havia criado, um farol de esperança em meio ao caos cósmico.
Finalmente, exausto mas resoluto, o Mestre Morphin retornou à sua forma original, a energia prismática pulsando ao seu redor.
"Posso cair," ofegou o Mestre Morphin, sua voz rouca mas firme, "mas você jamais tocará na Grid. Nem hoje, nem nunca. Se eu perder esta batalha, as chaves para o Grid serão dispersas por dois mundos diferentes. Você não nos encontrará tão cedo. Disso, eu tenho certeza! Cajado Mestre... Expulsar!"
Uma luz incandescente e multicolorida emanou tanto do morpher quanto do cajado ancestral. Quando o brilho se dissipou, ambos os combatentes haviam sumido do campo de batalha cósmico, e a transformação do Mestre Morphin se desfez, deixando para trás apenas sua espada caída, agora envolta em uma aura espectral.
"NÃO! Você não pode fazer isso! NÃO! NÃÃÃÃOOOO!" O grito de fúria lancinante do cavaleiro ecoou pelo vazio, carregado de frustração e desespero. "Maldito! O que você fez? Onde estão as chaves? Eu preciso entrar na Grid! Você não me impedirá! Isso é apenas um atraso, não o fim! Eu terei as chaves, custe o que custar!"
Com um rugido primal de frustração, o cavaleiro desferiu um golpe final e brutal contra o corpo agora indefeso do antigo mestre, sua espada de raios negros atravessando-o sem piedade. Em um acesso de raiva cega, ele arremessou sua própria arma para longe, a "Raio Negro" desaparecendo nas sombras cósmicas. O corpo do mestre brilhou intensamente antes de ser sugado por um portal que se abriu no tecido da realidade.
Do outro lado do portal, uma visão de poder inimaginável se revelou: a Morphin Grid. Um vasto oceano de energia azul celeste, interconectado por inúmeros filamentos pulsantes de luzes de todas as cores imagináveis. Era a fonte de todo o poder Ranger, a criação do ser agora caído, o Mestre Morphin do Arco-Íris, cujo espírito de dragão ancestral pairava sobre a grade como um guardião eterno.
"Um dia," sibilou o cavaleiro sombrio, seus olhos fixos no portal etéreo, "eu conquistarei a Grid e dobrarei seu poder à minha vontade. Mas até lá, você será apenas mais um obstáculo a ser superado na minha busca pelas chaves perdidas. Não importa o que faça, Mestre Arco-Íris, eu as encontrarei. Isso é uma promessa sombria."
Enquanto isso, em um planeta distante, banhado pela luz de sóis alienígenas, no universo 24369: Naruto.
Em algum lugar no futuro vibrante do País do Fogo, um raio de luz espectral cortou o céu azul, atingindo a majestosa montanha que um dia seria reverenciada como o Monte Hokage. Ao se dissipar, ali repousava um cajado adornado com um cristal multifacetado, pulsando com uma energia sutil. Era o Cajado do Mestre Morphin do Arco-Íris, o primeiro dos Rangers e o criador da Morphin Grid, um farol de esperança perdido em um novo mundo.