As águas escuras e frias das Ruínas Submersas de Arais engoliram a equipe, a pressão aumentando à medida que desciam. A luz do sol mal penetrava, e eles tiveram que confiar em jutsus de iluminação e nos Radívoros de Gekko de Naruto para enxergar. As ruínas eram impressionantes, com estruturas de pedra maciça cobertas por corais e algas, testemunhas silenciosas de uma civilização perdida.
Não demorou para encontrarem os primeiros monstros da masmorra. Criaturas marinhas grotescamente mutadas, com barbatanas afiadas como navalhas e olhos que brilhavam com uma luz sinistra, atacaram-nos com ferocidade. A equipe trabalhou em conjunto, combinando seus jutsus e habilidades de modelo para repelir as ameaças. Haku utilizou jutsus de água aprimorados e seus cristais de gelo para controlar o fluxo da batalha, enquanto Sasuke lançava raios que se propagavam na água com efeitos devastadores. Nagato usou o Bansho Ten'in para atrair os monstros e o Shinra Tensei para dispersá-los. Naruto, com a agilidade de Okita e seus clones, atacava em alta velocidade, enquanto Sakura oferecia suporte médico e Inari utilizava Fade para emboscadas estratégicas. Kakashi analisava os padrões de ataque dos monstros, buscando vulnerabilidades. Yota, ainda se adaptando ao seu sistema, tentava contribuir com jutsus de vento básicos, aprendendo na prática o combate subaquático.
Após enfrentarem vários grupos de monstros mutantes, a equipe adentrou um grande salão submerso. No centro, pairava uma figura incomum. Era uma entidade humanoide feita inteiramente de água azul brilhante, adornada com fragmentos de armadura dourada antiga, muito parecida com a figura da imagem. Seus olhos brilhavam com uma luz suave e inteligente. Ao contrário dos monstros agressivos que encontraram antes, essa criatura observava a equipe com uma calma contemplativa.
A criatura aquática flutuou lentamente em direção ao grupo e, para sua surpresa, começou a falar em um tom calmo e melancólico, a água vibrando levemente enquanto as palavras se formavam.
"Intrusos... vocês perturbaram o sono das ruínas de Arais."
A equipe ficou em alerta, mas a ausência de hostilidade imediata os fez hesitar em atacar. Naruto, sempre o mais direto, perguntou: "Quem é você?"
A criatura aquática moveu a cabeça levemente. "Eu sou... um eco. Uma lembrança. Fui chamado de 'Suficiente' por aqueles que viveram aqui."
"Suficiente?" Sakura repetiu, curiosa.
"Sim," a criatura respondeu. "Eu era... um guardião, um historiador. Minha forma atual é um reflexo da essência deste lugar, da água que o engoliu e das memórias que persistem."
"O que aconteceu com Arais?" Nagato perguntou, seu Rinnegan analisando a criatura em busca de qualquer sinal de perigo.
O Suficiente suspirou, a água em seu corpo ondulando suavemente. "Arais era uma civilização próspera, vivendo em harmonia com o oceano. Eles possuíam um profundo conhecimento das energias elementais da água e da terra. Mas sua ambição cresceu. Eles tentaram controlar as marés, despertar poderes adormecidos nas profundezas... e falharam."
A criatura fez uma pausa, como se revivesse memórias dolorosas. "Um cataclismo ocorreu. As águas se enfureceram, engolindo a cidade em um único dia. Aqueles que sobreviveram... foram transformados, corrompidos pela energia instável que liberaram. Os monstros que vocês enfrentaram são seus descendentes, distorcidos e selvagens."
"E você?" Haku perguntou suavemente, sentindo a tristeza emanar da criatura aquática.
"Eu fui poupado da transformação física, talvez por minha conexão com a história e a memória da cidade," o Suficiente explicou. "Mas estou preso aqui, um guardião solitário de um passado perdido. Minha existência está ligada a estas ruínas."
"Há algo que possamos fazer?" Naruto perguntou, sentindo a tragédia da história de Arais.
O Suficiente considerou a pergunta por um momento. "A paz para as almas inquietas de Arais... talvez possa ser encontrada. Mas o caminho é perigoso. As energias que causaram a destruição ainda permeiam este lugar, atraindo criaturas mutantes e protegendo segredos antigos."
A criatura aquática olhou para a equipe, seus olhos brilhando com uma intensidade renovada. "Se vocês buscam poder e conhecimento nas profundezas de Arais, devem estar preparados para enfrentar os erros do passado. E talvez... ao fazê-lo, possam encontrar uma forma de trazer algum descanso para este lugar."
O Suficiente flutuou para trás, indicando um caminho mais profundo nas ruínas. "O coração da tragédia de Arais reside nas profundezas. Se vocês se atrevem a ir até lá, talvez compreendam a verdadeira história deste lugar... e o preço da ambição desmedida."
A equipe trocou olhares. O encontro com o Suficiente havia transformado a exploração da masmorra em algo mais do que apenas uma busca por poder. Havia uma história trágica a ser desvendada, e talvez, uma oportunidade de trazer paz a um lugar amaldiçoado. A jornada nas Ruínas Submersas de Arais havia se tornado muito mais complexa.